Espero que gostem e não deixem de comentar.
Paulo.
Entrevista Escrita:
Introdução:
Roberto: Olha só,meu nome é Roberto,Roberto Augusto, e para aqueles que me conhecem na estrada Roberto Maresia.
Nasci em Pernambuco e to aqui em Londrina pela terceira vez.
Entrevista:
Roberto: É arte e cultura Brasil.
Lucas: Você está aqui a bastante tempo?
Roberto: Eu sou viajante né, faz duas semanas que eu to aqui, nasci em Pernambuco...
Lucas: E o que te motivou a "virar" hippie?
Roberto: Então cara, eu trabalhei para o sistema algum tempo e... sabe, estudei, me formei e porr* não conseguia viajar, sair do meu trabalho e ir de férias pra algum lugar porque eu era solicitado e tal, daí eu falei assim: "Porr* mas viajar é tão legal, porque eu não vou?" Daí eu me adaptei, já tinha uma "parada" com meu pai de tipo... viajar com meu pai, viajava pelas estradas quando era pequeno...
Paulo: Então, agente quer saber se você sofre algum preconceito.
Lucas: É tipo, as pessoas olham pra você e falam...
Roberto: Porr* verdade, tem o maior preconceito bravo com a galera, não da atenção, passa direto, agente pede pra dar uma "ideia" sobre a parte de cultura, paz e amor, até na fila do banco agente é discriminado, agente vai trocar um cheque no banco...
Lucas: As pessoas acham que vai fazer alguma coisa errada né...
Roberto: Já da "baculejo" na gente.
Paulo: Agente quer saber se essa historia de hippie só com drogas e essas coisas, isso não é verdade né?
Roberto: Olha, é bem diversificado, cada um é cada um sabe, a droga é um problema mesmo.
Paulo: Você já teve algum contato com essas coisas?
Roberto: Pô, já tive "brother", tive experiência já. To mais sossegado agora.
Lucas: Tá mais sossegado agora?
Roberto: To mais sossegadão, sabe "por causa de que"? Porque assim, o homem entra legal, tudinho, mas é o seguinte, se você quer viver mais , "cê" tem que parar com determinadas coisas.
Lucas: Verdade.
Roberto: O tempo vai passando e agente vai vendo que isso não ta valendo a pena. Valeu o "quantio", já era, entendeu? Tem que ter cabeça pra sair, porque uns não tem cabeça pra sair não.
Lucas: Tem uns que ficam né?
Roberto: Ficam e se atolam.
Paulo: E como você vive? assim, o lugar que você mora, seu estilo de vida.
Roberto: Então, é o seguinte: Eu chego na cidade, tamo acostumado a viver com nada, e aí eu chego na cidade e faço uma grana, já procuro comida e um lugar pra dormir. Tem cidade assim, que agente gosta de armar a barraca no parque ou nas praças sabe...
Paulo: E a polícia não enche o saco não?
Roberto: A polícia né, fazem a parte deles , chegam, abordam, daí quando vê que agente é trabalhador, "larga de mão".
Lucas: E você que faz tudo o que você vende?
Roberto: Todos os trabalhos sou eu que faço.
Lucas: E você consegue descolar uma graninha boa aí?
Roberto: É o seguinte, eu tento descolar uma graninha, pra pagar a escola do meu filho né, descolo uma grana pra mandar pra ele.
Paulo: Faz quanto tempo que você está nesse estilo de vida?
Roberto: Porr* faz mais de trinta anos "brother".
Lucas: E a sua família é hippie também ou não, só você que...
Roberto: Não, meu pai também era viajante, viajava... daí isso eu acho que herdei dele sabe. Meu pai viajou, levou minha mãe, todo mundo pra viajar por aí.
Paulo: Daí você gostou e... quis seguir?
Roberto: Daí gostei e quis seguir né, sempre gostei de viajar , me amarro em viajar né.
Roberto: Viajar é preciso... viajar é preciso.
Lucas: Então eu acho que é só isso velho.
Roberto: Pô legal, vocês estudam onde?
Lucas: PGD cara.
Roberto: PGD aí...
Paulo: Valeu.
Recado pra galera:
Lucas: Manda um abraço pro PGD aí.
Roberto: Aí galera do PGD aquele abraço. Aí ó, não usem drogas em galera... não usem drogas, viva a natureza... uhul.
Final:
Roberto: Um abraço a todos.
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